08 março 2006

Refúgio

Olhei pela vidraça dos meus olhos o horizonte longe, lá fora.
Cerrei sobre ela as cortinas do tempo, pálpebras cansadas do agora.
Abri a porta da minh´alma ao gritos ansiosos do lamento.
Deixei que fosse embora a esperança, ficando vazia a sala do meu sentimento.

Em desespero refugiei-me no quarto escuro
da saudade antiga,
da saudade passageira,
da saudade extinta.

Longos corredores,
labirintos,
portas fechadas,
loucura.

Poema: Silvio Vinhal Ilustração: Gravura do mesmo autor

Um comentário:

Anônimo disse...

Olá Silvio, obrigado por convidar-me a ver o seu blog, muito bom.

Abs

Ireno