28 setembro 2009

TUDO CAMINHA PARA A LUZ

Eu fui criado dentro do Catolicismo, e conservo algumas “tradições” como, por exemplo, meus santos inspiradores: São Francisco de Assis, Nossa Senhora Desatadora de Nós e São Jorge.

No entanto, hoje vejo as religiões apenas como pontes que usamos para chegar ao Ser Superior que concebeu e sustenta o universo do qual somos apenas uma ínfima parte. Ateu não poderia ser, pois se não criei o universo em que vivo, chamo a quem o criou de Deus. Outros poderão chamar de Física, Acaso, ou o que quiserem.

Acho a religião importante para criar no indivíduo a idéia básica do amor ao próximo, princípio da Ética. Talvez fosse mais difícil ensinar essa importante conquista da humanidade de outra forma. Frases simples como: “Viva e deixe viver”. “Ame ao próximo como a si mesmo”. “Não faça ao outro aquilo que não gostaria que fizessem a você”. São capazes de exprimir e de resumir os dogmas e preceitos de qualquer religião que seja sã. O resto é blá-blá-blá e uma tentativa de impingir medo, culpa e fidelidade (ao dízimo) nos fiéis.

Não creio que Deus necessite de adoração, louvação e orações, embora creia que Ele nos ouve, quando somos sinceros, ou mais do que isso, permite que nossa oração se materialize em milagres cotidianos, de magnitude variável.

Hoje eu creio que orar pode ser um estado permanente, onde uma simples manifestação de nosso desejo, já é a oração em si. Para chegar aqui, entretanto, não se iludam, passei por todos os estágios anteriores. Por isso, recomendo que todos, principalmente as crianças, adolescentes e jovens, sejam iniciados em alguma religião. Religião sã, entendam isso, por favor. Há muita coisa insana por aí disfarçada de religião, a iludir a boa fé das gentes.

A fé é realmente importante, e hoje a física quântica está aí para provar que pode mesmo remover montanhas. Hoje eu acredito e sei que ao homem foi dado o dom de criar tudo aquilo que desejar. É aí que reside sua “imagem e semelhança” com Deus, e pensando contemporaneamente, não poderia ser diferente.

Não acho que a Bíblia que conhecemos é o livro definitivo de Deus. Creio que foi, mas continua sendo escrito, para quem sabe ler, inclusive nas entrelinhas. Gutemberg consolidou aquilo que existia, mas ninguém me garante que parou de ser escrito ali.

Não duvido que Deus seja perfeito, mas acredito que Ele também evolui, porque demonstrou isso na sua criação. Tudo evolui. O Deus em que creio é benevolente, criativo, um pai amoroso que observa os “primeiros” passos de seus filhos, só interferindo quando necessário, mas preferindo não fazê-lo para fortalecer sua criação.

Creio, também, que tudo caminha em direção à Luz, e que tudo tende a se transformar nessa energia essencial, capaz de consumir toda a treva e de recriar infinitamente o universo.

5 comentários:

Gra Porto disse...

Silvio, tenho uma amiga que fala q td é permissão. E isso me ajuda a entender um pouco as coisas. Antes de reclamar de algo, procuro pensar que se passo por aquilo, é pq preciso, é q tenho que aprender algo, e ensinar tb, pois tb acredito na troca.
Gde bjo

Bethel disse...

Vc tem o dom da palavra, homem. Também de juntá-las e traduzir, prá gente, o que não conseguimos. É simples? não é! faz tempo que não venho aqui, está cada vez mais bonito. Parabéns! beijoooos

wandreazzi disse...

Concordo plenamente com Bethel... Beijão

Etel disse...

Sinto tanto orgulho desse meu amigo!!! Sempre escreveu bem, mas está cada vez mais maduro e mais sábio!!! Gosto demais disso!!! bjos

Arth Silva disse...

Se criamos um dogma pessoal , nos bloqueamos da infinidade de experiencias que o mundo metafisico pode nos proporcionar!

Deus nao é mais que uma manifestaçao de nós mesmos de conquistar vitórias sem prejudicar o proximo!(ou nao hehe)

O que devem ensinar as crianças é que é errado roubar,matar por questoes morais e nao porque se fizerem isso Deus ira te castigar.
mas isso é uma filosofia dificil de pregar num mundo tao consumista e viciado em ritos.