02 setembro 2009

ATÉ ONDE IR?

Gosto muito da historinha que usa uma comparação entre a participação da galinha e do porco no café da manhã (ovos mexidos com bacon) para ilustrar a diferença entre “se envolver” e “se comprometer”. Obviamente, a galinha se envolve, pois bota os ovos, e continua a ciscar no quintal. O porco, porém, para dar o bacon tem que estar comprometido, pois tem que dispor da própria carne e da sua vida, por conseqüência.

Nos relacionamentos humanos, principalmente familiares, também precisamos optar por uma dessas posições. Mesmo sem fazer juízo de valor, e sem pensar que uma é melhor do que a outra, há momentos para nos comprometermos e outros em que é vital estarmos apenas “envolvidos”.

Não dá para “morrer’ por quem não está nem aí, por quem faz sempre as escolhas erradas. Aí, no máximo, podemos nos envolver para tentar ajudar, indicar o caminho e dar uma força nas horas mais difíceis.

Para aqueles, entretanto, que estão comprometidos, que dão o melhor de si, e que entendem a contento a importância da reciprocidade e da conseqüência*, talvez valha a pena que também nos comprometamos.

Quando há amor e comprometimento, esse “morrer”, no sentido de dar a vida pelo outro, significa não uma morte verdadeira, mas equipara-se à “morte” da semente, que renasce transfigurada em árvore e perpetua a vida.

Com uma árvore que não dá frutos - a despeito de nossa boa vontade em cuidá-la - às vezes é impossível comprometer-se.

* Reciprocidade e conseqüência, um bom tema para futuras postagens!


Um comentário:

celso Júnior disse...

Muito muito interessante!!!
Acho que o meu "problema" é que sempre vou ser "galinha" e nunca "porco".
Será que vale a pena mudar? quando? com quem? existem indicadores?...
Já fui muito "porco".
Hj será evoluçãp ter me tornado "galinha"?