Pois é, pessoal, o
mundo acaba na sexta-feira, dia 21 de dezembro de 2012, e eu queria dizer que
foi bom enquanto durou. Quero agradecer a todos que colaboraram para que eu
fosse tão feliz, em toda a minha vida. Porque se tem uma coisa que tenho
certeza é de que sou um cara feliz, e sempre fui. “Sou alegre, sou triste, mas sempre fui feliz”,
já registrei em letra de música.
Nesses tempos de fim de
mundo o que mais me chama a atenção é a perpetuação da nossa rotina, a
descrença com que todos nós encaramos a “possibilidade do fim”.
Não acredito que o
mundo vá realmente acabar, mas... e se fosse verdade? Será que em ninguém
pintou um real sentimento de que – dessa vez – poderia ser verdade? E
aí? Ninguém fez nada? Ninguém priorizou um encontro com a(as) pessoa(as)
amadas? Ninguém resolveu cometer uma loucura? Realizar um prazer para o qual
antes não se tinha coragem?
Sim, continuamos a ir
para o trabalho, ainda que o achemos enfadonho, continuamos a manter os nossos
relacionamentos, ainda que não estejam tão bem assim e não sejam como
imaginamos, continuamos a perder o nosso tempo nos deslocamentos de trânsito
cada dia mais caóticos, impossíveis e cruéis.
Conclusão: Não estamos preparados
para o fim do mundo, por isso ele não pode ainda acabar. A grande verdade que
transparece é que - não estamos preparados para viver.
Continuamos desprezando
e mantendo em segundo, terceiro ou quarto plano aquilo que é essencial para o
ser humano. O que fazemos, diariamente é desprezar a nós mesmos, vilipendiar os
nossos desejos e o nosso próximo.
E a grande verdade que
nunca se calou é que o mundo, para qualquer um de nós pode se acabar – sem aviso
nenhum – no próximo segundo.
A vida é frágil!
Não
sabemos como conduzi-la, não sabemos como cuidá-la, não sabemos como
aproveitá-la melhor – e pelo amor de Deus, não entendam que aproveitar a vida
seja tornar-se um aproveitador do esforço e do trabalho alheio. Sejamos seres
humanos autossustentáveis.
Vivemos para a
felicidade. Porém, há que se entender que felicidade é gostar do que se tem,
gostar do momento presente. Não há felicidade possível no futuro, porque o
futuro não existe. O futuro, e a grande verdade diária que se nos impõe é que o
mundo, para qualquer um de nós, pode acabar no momento seguinte. Hoje.