24 julho 2009

Pra vida seguir adiante...



Pra vida seguir adiante...


Não é novidade que entre as pessoas que nos rodeiam há gente de índole boa e gente de índole ruim. Embora na maior parte do tempo qualquer um de nós transite entre os extremos daquilo que seja tradicionalmente aceito como “bom” ou “ruim”.

O exercício do humano é errar tentando acertar, e não o contrário. Por isso eu, que tenho fé nas pessoas, que sou otimista e prefiro olhar o mundo com olhos infantis de descoberta e confiança, acredito, a princípio, que todos estão aqui buscando vida e felicidade, e que isso, não necessariamente, implica em querer a infelicidade ou o mal estar dos outros. Ou seja, a princípio ninguém é mau por opção.

A “maldade” contra o outro surge, então, como reação de represália, defesa ou manifestação do instinto animal que habita em nós, e às vezes se manifesta por conta de uma descarga de adrenalina, quando nos sentimos de alguma forma ameaçados ou ofendidos. Quando a adrenalina baixa, muitas vezes revemos nossos atos e nos sentimos moralmente tentados a pedir desculpas. Algumas vezes fazemos isso, noutras apenas “deixamos rolar”, esperando que o episódio sirva de lição para que em situação semelhante possamos nos comportar de forma mais adequada.

Há, no entanto, uma categoria de pessoas que, consciente ou inconscientemente, pratica a “maldade” com uma naturalidade tão grande que isso parece não incomodar. São frios, calculistas, capazes de torturar suas vítimas por um longo período até conseguir um intento, uma vingança, até conseguirem impingir no outro algum tipo de sofrimento, derrota, decepção ou vergonha. São os perversos.

Acho que ninguém opta por ser um perverso na vida, no entanto, temo que aqueles que estão nessa condição, não o percebam. Seria uma condição de doença de personalidade ou doença mental ? Uma doença social ?

Recentemente fui vítima de uma pessoa assim.

Apesar de toda a minha frustração e de todo o sofrimento que passei, tentando construir algo que, para minha dor e surpresa, durante três anos essa pessoa desconstruiu, sem nenhuma razão aparente, sobrevivi e sinto-me mais forte e mais lúcido.

Perdi algo, sem dúvida, mas ganhei o direito de dizer um grande NÃO àquele que se tornou o meu algoz. Pude colocar um ponto final numa farsa, da qual, felizmente, eu só participei como uma vítima da exacerbação de ego de um espírito manipulador e nada cabal.

A lição, que reparto com aqueles que me lêem é: fujam das pessoas perversas!

Ao primeiro sinal, fujam! Pois, por melhores que sejam nossas intenções, elas podem nos fazer muito mal, e, aparentemente, seguirão seu caminho passando sobre as pessoas com sua empáfia e soberba, sem se perceberem e quiçá, sem punição.

Eu pensei em rebater, processar, espalhar aos quatro cantos, mas acabei concluindo que se fizesse isso eu acabaria fazendo perdurar na minha vida a influência nefasta dessa pessoa. Colocando uma pedra no assunto, ela fica de fora e longe.

As pedras caíram e estão desarranjadas, mas meu espírito é construtor.

***

“Aquilo que não mata, fortalece”. Nietzsche